segunda-feira, 27 de junho de 2011

Pau-Brasil
A fase mais intensa da extração do pau-brasil foi o período Pré-Colonial (do Descobrimento até meados do século XVI), embora tenha sido explorado até o século XIX.
O extrativismo dessa madeira tintorial, chamada pelos índios de ibirapitanga, e muito utilizada na Europa, foi praticado ao longo do litoral brasileiro, desde o Rio Grande do Norte até o Rio de Janeiro, através da criação de feitorias. Por ter sido declarado monopólio da coroa ­estanco - sua exploração foi realizada, no início, pelo sistema de arrendamento do trato (contrato entre o Esta­do e particulares), mediante o pagamento do quinto.
O primeiro contrato que se tem notícia foi firmado em 1502, com a Companhia de Fernando de Noronha. Pos­teriormente, apenas uma prévia autorização do governa­dor-geral garantia a exploração. Somente em 1605 surgiu o Regimento do Pau-Brasil, regulamentando a extração da madeira para evitar o esgotamento da espécie.
Na obtenção do pau-brasil, uma atividade predatória e itinerante, era utilizada a mão-de-obra livre do indígena, remunerada com mercadorias mais diversas e com bugi­gangas (escambo). Sua exploração ilegal foi sempre com­batida por Portugal. Daí, a constante repressão lusa no litoral brasileiro, especialmente contra os entrelopos franceses.
Dada a sua itinerância, a exploração do pau-brasil, caracterizada pela infixação, não chegou a promover o povoamento da colônia, o que só aconteceria com a cria­ção da grande lavoura de exportação.

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